sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Topofilia à Deriva


Topofilia (elo afetivo entre pessoa e lugar)

Inspirados pela leitura de Yi-Fu Tuan, fomos instigados a avaliar e questionar o modo como percebemos, nos situamos, significamos e idealizamos o mundo que habitamos. Para isso, utilizamos o método da Deriva Urbana para redescobrir nossa pequena cidade de infinitos lugares e sensações. A viagem é expressa em linguagem audio visual, buscando uma percepção sensorial quase que completa, e também convidamos todos a experimentar não apenas observar, mas sentir o lugar.



Adrianne Azevedo
Isnard Brandão Neto
Kevin Cordeiro
Leticia Kuwahara
Lucas Bitencourt
Paula Flores
Victoria Carvalho



quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Deriva Urbana - Olhar de sabedoria

Seu ponto de partida foi a Praça da Bandeira nesse inicio da deriva começamos observar e refletir sobre seus valores históricos daquele lugar que constantemente passamos por lá. A praça da bandeira se localiza na Avenida FAB uma das ruas mais importante da cidade. Há pouco tempo ela passou por uma pequena reforma, Infelizmente mesmo assim o espaço é mal iluminado, que o torna perigoso durante a noite. A Praça da Bandeira é um lugar onde já ocorreram desfiles das escolas da cidade de Macapá durante o território, e hoje é um lugar de encontro e referencia para todos que transitam diariamente pelo centro.
 Ao decorrer do percurso foram identificados outros marcos históricos da cidade que nos relembra a criação de Macapá como a Praça Barão do Rio Branco, Localizada na Av. Fab, entre as ruas São José, Cândido Mendes e Coriolano Jucá, a "praça do Barão" como é conhecida em Macapá, é uma das praças mais antigas da capital, local que por si só conta muitas histórias  onde ocorreram diversas festas cívicas, e  praticado de esporte ao ar livre desde que Janary Nunes a construiu durante o antigo ex Território. Percebemos que as quadras e os equipamentos para a prática do voleibol, basquetebol e futebol de salão, futebol na areia apresentam precário estado de conservação, mesmo assim é um dos lugares e tradicional na cidade. E um ambiente calmo e plano onde a população andar de bicicleta e realizar caminhadas onde também ocorre “O Natal Encantado” no Centro comercial, com shows musicais e apresentações de corais em meio à decoração de luzes e temas natalinos, emociona às famílias. 


Já caminhando pelas ruas do centro da cidade percebemos as calçadas irregulares, com entulhos, quebradas, desniveladas, obstáculos, ambulantes ou sem acessibilidade e até destruídas dificultando a travessia de pedestres em todas as ruas do centro. Essas são algumas das características das calçadas do centro de Macapá que observamos durante a deriva, andar por essas é um desafio diário. Elas têm "todos os problemas" para atrapalhar a vida dos pedestres todo canto é ruim, quase todas as calçadas fogem do padrão descrito no Código de Posturas do município. Com isso, as pessoas com mobilidade reduzida ou temporária, como cadeirantes, deficientes físicos, idosos e outros, são as que mais sofrem na hora de andar pela cidade.
 No bairro, que antes era chamado de Igarapé das Mulheres e nos últimos anos ficou conhecido como “P. Help” é um dos mais antigos o Perpétuo Socorro. Hoje o bairro está totalmente saneado, com vilas e casas populares algumas estão perdendo suas características por causa do crescimento da cidade e das necessidades dos moradores. E um bairros cheio de casas comerciais, entre lojas, frigoríficos, escritórios de representação, supermercados, bares, restaurantes e hotéis. . O surgimento do bairro se deu em meados da década de 1970, acompanhando o desenvolvimento econômico e populacional que vinha sendo observado na capital amapaense.





Grupo:
ARETUZA RIBEIRO DIAS
AUGUSTO DERZE AZEVEDO
HANNAH SARMENTO RAMOS
JULIANNE LIMA SANTOS
MICHAEL WILSON ALENCAR

domingo, 7 de agosto de 2016

Acervo Pessoal

Acervo Pessoal

Foto: Cristiana Nogueira



Até que ponto somos atingidos pela negligência do Estado?
Não precisamos adentrar tanto nos campos de ciências sociais para encontrar a resposta, até porque dariam teses e mais teses... Vamos nos ater apenas alguns campos, pois querendo ou não somos todos atingidos: a sociedade e o planeta como um todo, não apenas quem está nessa linha de frente, que no caso, aqui como exemplo, A Orla do Perpétuo Socorro.
Acervo Pessoal
Infelizmente essa é uma área onde muitas pessoas evitam ir. O que é muito triste, pois é um lugar de extrema cultura e identidade de nossa cidade. As pessoas não visitam por diversos motivos e entre eles o que alegam maior parte da responsabilidade seria a violência, outro seria a questão visual, estrutural. Mas se está abandonado pelas autoridades competentes, o que podemos esperar?
O que não podemos é parar de nos questionarmos, e aceitar como as coisas estão. Não estou sugerindo que coloquem policiamento na área, ou que façam uma reforma e vendam loteamentos à frente para ricos ao qual colocarão muros de 2,5 m de altura. Mas sim que criem infraestrutura que proporcione cultura, lazer e identidade para os moradores (e trabalhadores) de lá, das redondezas, e da cidade.
Estamos desapercebendo a melhor vista de Macapá do nosso Rio Amazonas, da nossa gente, da nossa cultura, da nossa vida.

Acervo Pessoal

Foto: Cristiana Nogueira

Ana Cristina da Paz
Rodrigo Fernandes de Mendonça
Victor Gabriel Ferreira Neves





segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Locais que me marcaram na deriva

Eu moro do lado oposto do ponto marcado para a deriva (Monumento Marco Zero) então a partir daqui eu já não estava mais no meu roteiro habitual. Vou comentar 4 locais que me marcaram durante a deriva.

Primeiramente, atravessamos uma área composta só por residências. Pela lógica, deveria ser limpo por ter pouco movimento, MAS, por ser a cidade de Macapá, eu já não esperava por isso (sim, nossa cidade tem muita sujeira). Para minha surpresa não encontrei tudo que esperava, era pouquíssimo lixo. O mais interessante foi deparar com uma casinha para cachorro de rua se abrigar, em frente a uma residência.
Ver que algumas pessoas têm esse tipo de atitude encheu meu coração de amor!

Em seguida, alcançamos uma pequena praça que tinha uma boa arborização ajudando na sombra e ventilação para o descanso e o lazer. No entanto, a preservação dela parecia fraca, um espelho d'água estava MUITO sujo a ponto de causar incomodo e isso foi o suficiente para eu não gostar da praça (risos).

O terceiro local foi a Rua do Canal do bairro MUCA. Ela era separada por um canal deixando malmente espaço para a passagem dos carros. Um colega que já havia morado ali antes comentou que por conta dessas ruas estreitas, o "social do domingo" (quando as pessoas se reúnem em frente as casas para comer e beber), era impossibilitado ou ocuparia o meio da rua. Por isso eram construídas estruturas de madeiras sob o canal. Elas ficavam de baixo de arvores e por mais que de madeira, eram aconchegantes.

Por fim, o último lugar que me marcou foi o Conjunto Habitacional Mucajá. Eu nunca soube que o local tinha uma "fama" de ser perigoso por causa de acidentes que ali ocorreram. Não me senti com medo, nem acuada nem nada que fosse negativo. Pelo contrário, ao passar lá me senti bem, principalmente por ver pessoas que pareciam todas próximas e amigas. Grande parte dos habitantes estavam na rua, haviam crianças, adolescentes, adultos e idosos; lanchonetes e uma igreja. 
Quando saímos de lá que me contaram a fama do local, o que me causou um belo espanto por não ter sentido nada do que me foi dito.

Obrigada por ler até o fim sobre minhas experiências!


Stéphany Jade Ostorero.

Turma 2015

quinta-feira, 28 de julho de 2016




“A deriva é uma técnica do andar sem rumo. Ela se mistura à influência do cenário.”


Foto: Acervo pessoal

A Deriva aconteceu na manhã de sábado e seu ponto de partida foi no monumento Marco Zero do Equador. Ao decorrer do percurso foram identificados vários aspectos que fazem parte da cidade e que na correria do dia a dia não o notamos. Foi um caminho longo percorrido mas que pôde gerar uma nova forma de entender a cidade e principalmente ver a relação do homem com o ambiente.

Foto: Acervo Pessoal

Foto: Acervo Pessoal
Foto: Acervo pessoal
Foto: Acervo Pessoal

‘’ A responsabilidade social e a preservação ambiental significa um compromisso com a vida
Ao longo da deriva notamos que residências bem estruturadas são todas cercadas proporcionando a falsa ideia de segurança mas, na verdade parecem verdadeiras prisões domesticas com muros altos e câmeras não proporcionando o diálogo da paisagem com o seu entorno.

Foto: Acervo Pessoal
O que mais nos chamou a atenção durante a caminhada foi encontrar belas paisagens em lugares que em primeiro momento nos causaram uma má impressão, lugares que geralmente não nos fariam parar para observar ao redor.
Foto: Acervo Pessoal
Foto: Acervo Pessoal

Foto: Acervo Pessoal

Apesar da paisagem encontrada, não pudemos deixar de notar o descaso com essas áreas “escondidas”. Quanto mais perto de pontes e áreas alagadas, menor é urbanização, saneamento básico, acessibilidade, segurança, etc., o que deixou a maior parte dos colegas com certo receio. Esse quadro de descaso, porém, não é exclusividade das áreas periféricas, podendo ser notada também, em menores proporções, em áreas mais nobres. Os problemas urbanos são “maquiados” em torno da Fortaleza de São José, onde terminamos nossa deriva, o que nos deixa a impressão de que temos sido ludibriados com alguns pontos mais arrumados, enquanto que cerca de 90% da cidade está com sérios problemas urbanísticos. A cidade precisa ser pensada como um todo para que se reverta esse quadro.


Foto: Acervo Pessoal
Foto: Acervo Pessoal

Foto: Jodival Costa
Foto: Jodival Costa



UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ
DISCIPLINA: ESTUDOS AMBIENTAIS
PROFESSOR: JODIVAL MAURÍCIO COSTA
ALUNOS: ANA BEATRIZ BRITO, ANA PAULA MARTEL, DEBORA MOREIRA, JORDANA GARCIA, KAROLINA ARAÚJO COSTA E LUCAS DE OLIVEIRA MACEDO.

TURMA: 2015

sábado, 23 de julho de 2016

Macapá. Maca, Pá e o Marca-passo: Sobre a cidade que faz nossos corações baterem

"nenhuma representação é suficiente, precisamos nós mesmos ir, ser incluídos, tornarmo-nos e sentirmo-nos parte e medida do conjunto arquitetônico, devemos nós mesmos nos mover. Todo o resto é didaticamente útil, praticamente necessário, intelectualmente fecundo; mas é mera alusão e função preparatória dessa hora em que, todos nós, seres físicos, espirituais e sobretudo humanos, vivemos os espaços com uma adesão integral e orgânica. Será esta a hora da arquitetura."
-Bruno Zevi em 'Como Ver a Arquitetura'

Praça da bandeira

Usei a citação de Bruno Zevi para que ela dissesse, por si só, a importância da prática de vivenciar a arquitetura.

Se quem lê isso quiser saber de mim como foi a Deriva, lhe digo; vá você mesmo fazer sua deriva.

Deixo aqui apenas alguns croquis e um pouco da minha imaginação sobre os lugares que visitamos.

Edifício do lado da praça da bandeira


Prédio devorador de almas ao lado da Praça do Barão
Não é à toa que a praça está mal-conservada

Edifício gente-boa do Centro Integrado de Defesa Social


Representação realística das calçadas macapaenses


Vegetação de canal no P. Socorro pedindo ajuda
ou alguém caiu lá dentro?
DESCUBRA

Em tempos de Pokémon Go...
Rio Amazonas na Área do Perpétuo Socorro

Representação ultra-realista do Igarapé das Mulheres
Consegue ver algo?
Resultado do quanto as pessoas e o poder público ignoram esse lugar!

Universidade Federal do Amapá
Disciplina: Estudos Ambientais
Professor: Jodival Maurício da Costa
Aluno: José Maria Cantanhede Machado Neto
Turma: AU2015

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Era sábado, dia 9 de julho, 8 h da manhã na praça da Bandeira. A cidade estava calma, haviam pessoas na praça, alguns esperando o ônibus, outros, como nós, apenas conversando. A cidade ainda estava acordando, o transito aumentando aos poucos e o sol ficando mais quente.

Fonte: Acervo pessoal 
Saímos sem um caminho pré-definido e andando percebemos muitos problemas: calçadas mal cuidadas, lixo, paradas de ônibus em mal estado, ruas com muitos desníveis sem completa acessibilidade em completo contraste com os modernos prédios que estão sendo construídos.


Fonte: Acervo pessoal
Fonte: Acervo pessoal
























As pessoas indo e vindo de seus compromissos matinais, ou conversando na calçada, outras saindo em seus carros, algumas esperavam o ônibus, havia quem apenas estava vendendo seus produtos nas calçadas.


Fonte: Acervo pessoal
Contrastes de uma cidade que se moderniza, porém que mantem os mesmos problemas básicos de infraestrutura há anos. 

Fonte: Acervo pessoal
Fonte: Acervo pessoal

























O grupo seguiu até a orla do Perpetuo Socorro, onde fomos a feira de peixes e vimos os comércios ao redor.


Fonte: Acervo pessoal

Enquanto as pessoas seguiam os seus afazeres normalmente, a paisagem natural estava ao lado, era bonita de fato, mas o seu entorno era sujo, poluído e em completo descaso. A cidade já em ritmo funcional, as pessoas comprando ou vendendo produtos, saindo, resolvendo problemas e a paisagem ali naquele trecho, por mais bonito que fosse, estava esquecida.


Fonte: Acervo pessoal

Fonte: Acervo pessoal

Quanto mais avançávamos mais problemas víamos, aquele trecho estava bastante esquecido, o mato alto, as calçadas e a mureta de contensão da água completamente degradados, muita lama, lixo e menos pessoas víamos. 
Fonte: Acervo pessoal
Fonte: Acervo pessoal




Fonte: Acervo pessoal


Quanto mais perto da Fortaleza de São José chegávamos a paisagem ia mudando e mais pessoas víamos, não significa dizer que a orla estava mais bem conservada, mas que em comparação com o que vimos anteriormente havia um contraste maior. 
Uma infraestrutura apenas voltada para certas áreas em detrimento de outras, enquanto que todas poderiam estar sendo cuidadas trazendo benefícios para a cidade, sociedade e a natureza.

Ao final, nos reunimos, debatemos e pensamos em intervenções que pudessem beneficiar a sociedade, a cidade e a natureza como um todo, pois como arquitetos e urbanistas, que estamos estudando para ser, devemos pensar e ver ao nosso redor com um olhar crítico e pensar em soluções que possam beneficiar a todos.

Fonte: Acervo pessoal



Universidade Federal do Amapá
Arquitetura e Urbanismo


Karina Xavier 
AU2015