domingo, 7 de agosto de 2016

Acervo Pessoal

Acervo Pessoal

Foto: Cristiana Nogueira



Até que ponto somos atingidos pela negligência do Estado?
Não precisamos adentrar tanto nos campos de ciências sociais para encontrar a resposta, até porque dariam teses e mais teses... Vamos nos ater apenas alguns campos, pois querendo ou não somos todos atingidos: a sociedade e o planeta como um todo, não apenas quem está nessa linha de frente, que no caso, aqui como exemplo, A Orla do Perpétuo Socorro.
Acervo Pessoal
Infelizmente essa é uma área onde muitas pessoas evitam ir. O que é muito triste, pois é um lugar de extrema cultura e identidade de nossa cidade. As pessoas não visitam por diversos motivos e entre eles o que alegam maior parte da responsabilidade seria a violência, outro seria a questão visual, estrutural. Mas se está abandonado pelas autoridades competentes, o que podemos esperar?
O que não podemos é parar de nos questionarmos, e aceitar como as coisas estão. Não estou sugerindo que coloquem policiamento na área, ou que façam uma reforma e vendam loteamentos à frente para ricos ao qual colocarão muros de 2,5 m de altura. Mas sim que criem infraestrutura que proporcione cultura, lazer e identidade para os moradores (e trabalhadores) de lá, das redondezas, e da cidade.
Estamos desapercebendo a melhor vista de Macapá do nosso Rio Amazonas, da nossa gente, da nossa cultura, da nossa vida.

Acervo Pessoal

Foto: Cristiana Nogueira

Ana Cristina da Paz
Rodrigo Fernandes de Mendonça
Victor Gabriel Ferreira Neves





segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Locais que me marcaram na deriva

Eu moro do lado oposto do ponto marcado para a deriva (Monumento Marco Zero) então a partir daqui eu já não estava mais no meu roteiro habitual. Vou comentar 4 locais que me marcaram durante a deriva.

Primeiramente, atravessamos uma área composta só por residências. Pela lógica, deveria ser limpo por ter pouco movimento, MAS, por ser a cidade de Macapá, eu já não esperava por isso (sim, nossa cidade tem muita sujeira). Para minha surpresa não encontrei tudo que esperava, era pouquíssimo lixo. O mais interessante foi deparar com uma casinha para cachorro de rua se abrigar, em frente a uma residência.
Ver que algumas pessoas têm esse tipo de atitude encheu meu coração de amor!

Em seguida, alcançamos uma pequena praça que tinha uma boa arborização ajudando na sombra e ventilação para o descanso e o lazer. No entanto, a preservação dela parecia fraca, um espelho d'água estava MUITO sujo a ponto de causar incomodo e isso foi o suficiente para eu não gostar da praça (risos).

O terceiro local foi a Rua do Canal do bairro MUCA. Ela era separada por um canal deixando malmente espaço para a passagem dos carros. Um colega que já havia morado ali antes comentou que por conta dessas ruas estreitas, o "social do domingo" (quando as pessoas se reúnem em frente as casas para comer e beber), era impossibilitado ou ocuparia o meio da rua. Por isso eram construídas estruturas de madeiras sob o canal. Elas ficavam de baixo de arvores e por mais que de madeira, eram aconchegantes.

Por fim, o último lugar que me marcou foi o Conjunto Habitacional Mucajá. Eu nunca soube que o local tinha uma "fama" de ser perigoso por causa de acidentes que ali ocorreram. Não me senti com medo, nem acuada nem nada que fosse negativo. Pelo contrário, ao passar lá me senti bem, principalmente por ver pessoas que pareciam todas próximas e amigas. Grande parte dos habitantes estavam na rua, haviam crianças, adolescentes, adultos e idosos; lanchonetes e uma igreja. 
Quando saímos de lá que me contaram a fama do local, o que me causou um belo espanto por não ter sentido nada do que me foi dito.

Obrigada por ler até o fim sobre minhas experiências!


Stéphany Jade Ostorero.

Turma 2015