quinta-feira, 28 de julho de 2016




“A deriva é uma técnica do andar sem rumo. Ela se mistura à influência do cenário.”


Foto: Acervo pessoal

A Deriva aconteceu na manhã de sábado e seu ponto de partida foi no monumento Marco Zero do Equador. Ao decorrer do percurso foram identificados vários aspectos que fazem parte da cidade e que na correria do dia a dia não o notamos. Foi um caminho longo percorrido mas que pôde gerar uma nova forma de entender a cidade e principalmente ver a relação do homem com o ambiente.

Foto: Acervo Pessoal

Foto: Acervo Pessoal
Foto: Acervo pessoal
Foto: Acervo Pessoal

‘’ A responsabilidade social e a preservação ambiental significa um compromisso com a vida
Ao longo da deriva notamos que residências bem estruturadas são todas cercadas proporcionando a falsa ideia de segurança mas, na verdade parecem verdadeiras prisões domesticas com muros altos e câmeras não proporcionando o diálogo da paisagem com o seu entorno.

Foto: Acervo Pessoal
O que mais nos chamou a atenção durante a caminhada foi encontrar belas paisagens em lugares que em primeiro momento nos causaram uma má impressão, lugares que geralmente não nos fariam parar para observar ao redor.
Foto: Acervo Pessoal
Foto: Acervo Pessoal

Foto: Acervo Pessoal

Apesar da paisagem encontrada, não pudemos deixar de notar o descaso com essas áreas “escondidas”. Quanto mais perto de pontes e áreas alagadas, menor é urbanização, saneamento básico, acessibilidade, segurança, etc., o que deixou a maior parte dos colegas com certo receio. Esse quadro de descaso, porém, não é exclusividade das áreas periféricas, podendo ser notada também, em menores proporções, em áreas mais nobres. Os problemas urbanos são “maquiados” em torno da Fortaleza de São José, onde terminamos nossa deriva, o que nos deixa a impressão de que temos sido ludibriados com alguns pontos mais arrumados, enquanto que cerca de 90% da cidade está com sérios problemas urbanísticos. A cidade precisa ser pensada como um todo para que se reverta esse quadro.


Foto: Acervo Pessoal
Foto: Acervo Pessoal

Foto: Jodival Costa
Foto: Jodival Costa



UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ
DISCIPLINA: ESTUDOS AMBIENTAIS
PROFESSOR: JODIVAL MAURÍCIO COSTA
ALUNOS: ANA BEATRIZ BRITO, ANA PAULA MARTEL, DEBORA MOREIRA, JORDANA GARCIA, KAROLINA ARAÚJO COSTA E LUCAS DE OLIVEIRA MACEDO.

TURMA: 2015

sábado, 23 de julho de 2016

Macapá. Maca, Pá e o Marca-passo: Sobre a cidade que faz nossos corações baterem

"nenhuma representação é suficiente, precisamos nós mesmos ir, ser incluídos, tornarmo-nos e sentirmo-nos parte e medida do conjunto arquitetônico, devemos nós mesmos nos mover. Todo o resto é didaticamente útil, praticamente necessário, intelectualmente fecundo; mas é mera alusão e função preparatória dessa hora em que, todos nós, seres físicos, espirituais e sobretudo humanos, vivemos os espaços com uma adesão integral e orgânica. Será esta a hora da arquitetura."
-Bruno Zevi em 'Como Ver a Arquitetura'

Praça da bandeira

Usei a citação de Bruno Zevi para que ela dissesse, por si só, a importância da prática de vivenciar a arquitetura.

Se quem lê isso quiser saber de mim como foi a Deriva, lhe digo; vá você mesmo fazer sua deriva.

Deixo aqui apenas alguns croquis e um pouco da minha imaginação sobre os lugares que visitamos.

Edifício do lado da praça da bandeira


Prédio devorador de almas ao lado da Praça do Barão
Não é à toa que a praça está mal-conservada

Edifício gente-boa do Centro Integrado de Defesa Social


Representação realística das calçadas macapaenses


Vegetação de canal no P. Socorro pedindo ajuda
ou alguém caiu lá dentro?
DESCUBRA

Em tempos de Pokémon Go...
Rio Amazonas na Área do Perpétuo Socorro

Representação ultra-realista do Igarapé das Mulheres
Consegue ver algo?
Resultado do quanto as pessoas e o poder público ignoram esse lugar!

Universidade Federal do Amapá
Disciplina: Estudos Ambientais
Professor: Jodival Maurício da Costa
Aluno: José Maria Cantanhede Machado Neto
Turma: AU2015

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Era sábado, dia 9 de julho, 8 h da manhã na praça da Bandeira. A cidade estava calma, haviam pessoas na praça, alguns esperando o ônibus, outros, como nós, apenas conversando. A cidade ainda estava acordando, o transito aumentando aos poucos e o sol ficando mais quente.

Fonte: Acervo pessoal 
Saímos sem um caminho pré-definido e andando percebemos muitos problemas: calçadas mal cuidadas, lixo, paradas de ônibus em mal estado, ruas com muitos desníveis sem completa acessibilidade em completo contraste com os modernos prédios que estão sendo construídos.


Fonte: Acervo pessoal
Fonte: Acervo pessoal
























As pessoas indo e vindo de seus compromissos matinais, ou conversando na calçada, outras saindo em seus carros, algumas esperavam o ônibus, havia quem apenas estava vendendo seus produtos nas calçadas.


Fonte: Acervo pessoal
Contrastes de uma cidade que se moderniza, porém que mantem os mesmos problemas básicos de infraestrutura há anos. 

Fonte: Acervo pessoal
Fonte: Acervo pessoal

























O grupo seguiu até a orla do Perpetuo Socorro, onde fomos a feira de peixes e vimos os comércios ao redor.


Fonte: Acervo pessoal

Enquanto as pessoas seguiam os seus afazeres normalmente, a paisagem natural estava ao lado, era bonita de fato, mas o seu entorno era sujo, poluído e em completo descaso. A cidade já em ritmo funcional, as pessoas comprando ou vendendo produtos, saindo, resolvendo problemas e a paisagem ali naquele trecho, por mais bonito que fosse, estava esquecida.


Fonte: Acervo pessoal

Fonte: Acervo pessoal

Quanto mais avançávamos mais problemas víamos, aquele trecho estava bastante esquecido, o mato alto, as calçadas e a mureta de contensão da água completamente degradados, muita lama, lixo e menos pessoas víamos. 
Fonte: Acervo pessoal
Fonte: Acervo pessoal




Fonte: Acervo pessoal


Quanto mais perto da Fortaleza de São José chegávamos a paisagem ia mudando e mais pessoas víamos, não significa dizer que a orla estava mais bem conservada, mas que em comparação com o que vimos anteriormente havia um contraste maior. 
Uma infraestrutura apenas voltada para certas áreas em detrimento de outras, enquanto que todas poderiam estar sendo cuidadas trazendo benefícios para a cidade, sociedade e a natureza.

Ao final, nos reunimos, debatemos e pensamos em intervenções que pudessem beneficiar a sociedade, a cidade e a natureza como um todo, pois como arquitetos e urbanistas, que estamos estudando para ser, devemos pensar e ver ao nosso redor com um olhar crítico e pensar em soluções que possam beneficiar a todos.

Fonte: Acervo pessoal



Universidade Federal do Amapá
Arquitetura e Urbanismo


Karina Xavier 
AU2015


MEU PONTO DE VISTA


        Durante a deriva iniciei alguns croquis dos quais senti prazer em fazer, pelo simples fato de poder vivenciar certos pontos da cidade que não conhecia e registrar rabiscando, traços que deram origem a esses desenhos.
                   Desenho por: Lucas Vinícius V. Ramos
                   Técnica: Nanquim sobre papel A4.

        Na passagem pelo canal tive uma sensação de estar ligado com a natureza, observar a simplicidade de algumas árvores e ser hipnotizado pelo reflexo das águas.

                     Desenho por: Lucas Vinícius V. Ramos
                     Técnica: Nanquim e grafite sobre papel A4.

        Quando estive na Praça Equinócio, encontrei uma ponte que chamou minha atenção, não sei por qual motivo, mas por alguma razão esse é um elemento que traz beleza ao local.

                     Desenho por: Lucas Vinícius V. Ramos
                     Técnica: Lápis aquarela e caneta nanquim sobre papel A4.

        Um dos momentos de maior prazer rabiscando durante a deriva, foi no conjunto Mucajá, sempre tive receio de entrar no local e foi possível repassar para o papel o conjunto de prédios que se perdem em um ponto de fuga.

                     Desenho por: Lucas Vinícius V. Ramos
                     Técnica: Lápis aquarela e caneta nanquim sobre papel A4.
        O Marco Zero foi o ponto de encontro da deriva, posso dizer que sempre sinto algo diferente quando estou de frente com esse monumento.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

DISCIPLINA: ESTUDOS AMBIENTAIS
PROFESSOR: JODIVAL MAURÍCIO DA COSTA
ACADÊMICO: LUCAS VINICIUS VASCONCELOS RAMOS


Por onde caminhar

Muitos lugares e caminhos estão no nosso cotidiano, mas com todos os problemas do dia-a-dia, é natural que percamos alguns detalhes. Que podem ser de uma janela bonita em uma casa de esquina, a algo escancarado, como a filosofia de uma rua inteira. 


  Ponto de Partida: Monumento Marco Zero
 Fonte: Acervo pessoal




Av. Equatorial
Fonte: Acervo pessoal



       Av. Equatorial
         Fonte: Acervo pessoal



As casas se encaram e escacaram um muro invisível que divide a rua ao meio. Claramente restritivo para a sociedade contemporânea. O muro da desigualdade, que divide ruas, bairros e cidades inteiras, as pessoas se isolam de acordo com sua linha monetária.



Rua Lucimar Amoras Del Castillo
Fonte: Acervo pessoal



Rua Lucimar Amores Del Castillo
Fonte: Acervo Pessoal


Enriquecedor é passar por um lugar que já fez parte da nossa rotina e mudar sua concepção sobre ele assim que o percebe em essência. Nos primeiros passos, a impressão do caminho antigo permanece. Medo criado por um pré-conceito. Um lugar poluído, folhas mortas no chão são metáforas neste texto, mas em nosso traçado são os relatos de um, entre muitos descasos sociais e políticos. 


Rua da Bacia                                                  Rua da Bacia
Fonte: Acervo pessoal                                            Fonte: Acervo pessoal


Uns passos a frente: um flor. Encanto e beleza abriram espaço para novas percepções. Um espaço de lazer construído pelos próprios moradores. Humilde, bonito e seguro. O sentimento de tranquilidade substitui o medo.


Rua da Bacia                                                    Rua da Bacia
Fonte: Acervo pessoal                                                Foto: Vanessa Pereira



Rua da Bacia
Fonte: Acervo Pessoal


Quando decidimos parar para analisar a cidade, percebemos inúmeros detalhes que nos fazem refletir sobre nossas atitudes, nossos conceitos e o que queremos ser, tanto como cidadãos quanto como profissionais.



        Av. Jovino Dinoá, ao lado do SuperFácil
                  Foto: Chrys de Araújo



Fortaleza de São José de Macapá. Ponto de chegada.
Foto: Chrys Araújo


Ana Patrícia Pereira de Souza 
Annie Priscilla Martel
Edielsom Barbosa