sexta-feira, 22 de julho de 2016

Um olhar sobre a cidade...


UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
ESTUDOS AMBIENTAIS
PROFESSOR JODIVAL MAURÍCIO DA COSTA

ACADÊMICAS: AMANDA FERREIRA MARTINS, BÁRBARA PATRICIA LIMA PENA, DANIELA PANTOJA DE OLIVEIRA E VANESSA HELENA PIRES DA COSTA DO NASCIMENTO


Data da Deriva: 09 de Julho de 2016
Inicialmente, houve um grande receio por parte da equipe quando foi informado sobre a deriva, principalmente pelo fato que andar pela cidade não é um costume e sair da sua zona de conforto sempre causa estranheza.


Foto: Bárbara Patricia

No entanto, adentrar em um universo “desconhecido” pode ser muito prazeroso. Isso foi comprovado ao andar pela cidade de Macapá, quando apreciamos, de fato, as paisagens que antes nem ligávamos e vivenciamos obstáculos que antes eram só discutidos.


Foto: Amanda Martins






Foto: Vanessa Nascimento


Foto: Bárbara Pena


Dentre os rumos que fomos seguindo na deriva, podemos notar uma ligação muito forte da cidade com as águas que a cercam e adentram bairros e definem caminhos. Percebemos o quanto estão presentes no nosso dia-a-dia e, o quanto são ao mesmo tempo tão esquecidos.


Foto: Bárbara Pena


Foto: Bárbara Pena


O caminho percorrido nos revelou a vida de uma população que buscou enfrentar suas dificuldades cotidianas, adaptando-se ao espaço em que se encontram. Com a utilização dos materiais comuns ao nosso povo, eles conseguiram transformar algo que passaria despercebido por muitos, em um lugar acolhedor.

Foto: Vanessa Nascimento


Ao descansarmos no banco, percebemos que, apesar do descaso demasiado com o local, se houver apoio mútuo de uma comunidade, lugares poucos observados podem se tornar pontos de encontros prazerosos.

Foto: Amanda Martins


Um local de grande impacto durante a deriva foi a visita ao Mucajá. Apesar de certa resistência e preconceito para com o lugar, visitamos e percebemos que é preciso sim caminhar pela cidade e conhecer esses espaços. É um lugar diferente, pois se trata de um conjunto de prédios que ao ver de longe, mesmo estando dentro da cidade, parece ter certo isolamento, torna-se até um choque com a própria paisagem da cidade vista até aqui.


Foto: Daniela Pantoja


Foto: Daniela Pantoja


Em um dado momento da deriva nos deparamos com uma pequena praça, próximo da igreja São Pedro, escondida entre prédios, local que se estivéssemos de carro ou de ônibus talvez jamais teríamos conhecido. Havia um parque, que, para o grupo, foi um ponto importante da caminhada, pois nos fez relembrar a nossa infância.


Foto: Bárbara Pena


Foto: Amanda Martins


A cidade faz parte das conquistas, das perdas, das histórias de uma sociedade. Nota-se, então, a importância de preservar os lugares, de valorizar os espaços aparentemente simples, mas que podem proporcionar momentos inesquecíveis.

Ao chegarmos à orla, apreciamos a vista do Rio Amazonas, observamos os restaurantes, as casas, o movimento dos carros e fizemos uma caminhada até a Fortaleza de São José de Macapá observando a cidade e a imensidão do Rio Amazonas.


Foto: Vanessa Nascimento


Foto: Amanda Martins


Sobre a Fortaleza, ao andarmos pela orla, próximo a entrada da Rua São José, já se percebe a mudança pela qual a cidade vem passando com o processo de verticalização. Do parque do forte podemos avistar duas torres que interferem diretamente na paisagem da Fortaleza haja vista que elas concorrem com um dos baluartes. Importante destacar que essa é um dos mais importantes monumentos históricos da cidade e aos poucos sua paisagem vem perdendo destaque devido ao surgimento de prédios muito elevados próximos as margens da orla.


Foto: Daniela Pantoja


A fortaleza é um dos principais pontos de encontro dos amapaenses, seja nos fins de semana ou simplesmente em um fim de tarde qualquer onde se tem o desejo de passear. Para nós é sempre muito prazeroso visitar esse lugar, pois temos uma ligação muito forte, seja pela sensação de segurança ou por sua própria magnitude em termos arquitetônicos.

Foto: Vanessa Nascimento

Apreciar e simplesmente andar, sem rumo, sem pressão, sem a correria que nos cerca, nos faz perceber o quanto deixamos de aproveitar do nosso dia-a-dia, do quanto deixamos de n
otar o que a cidade tem de melhor. É fácil apontar os problemas, procurar soluções, colocar culpa nos outros e não fazer nada para mudar. É fácil reclamar. Difícil é parar... olhar... e elogiar.


Foto: Bárbara Pena






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