quarta-feira, 21 de outubro de 2015

A Cidade Invisível da Rotina

Atividade: Deriva Urbana
Percurso: do Complexo do Araxá até a Praça do Coco
Realizada em: 30.05.2015
Componentes: Aillon Dias, Cássia Moura, Igum D'Jorge, Jhosefy Viana, Jonison Alves, José Lúcio Leandro Santos, Leonardo Galiano, Marinaldo Melo, Paulo Henrique, Rodrigo Morais, Saira Melo.
Turma; AU 2013





Você olha, mas não vê
O olhar é enganoso
Você acredita que está lúcido
Mas as retinas estão cansadas


Andamos pelas ruas da nossa cidade, mas não a olhamos e não a conhecemos de fato. Nosso olhar está cansado e aquilo que nossas retinas percebem não ultrapassam a superficialidade. Mas, se nos deixarmos fisgar pelas variadas paisagens que se escondem atrás da cortina de fumaça que nos cegou, certamente seremos surpreendidos. 


O que há por trás daquela cortina de fumaça
Que encobre a cidade?


Há muito para ser visto
Mas estamos cegos
A rotina nos vendou


Todos os dias
As mesmas coisas
Os mesmos corpos
Os mesmos cenários

Ao decidir caminhar sem rumo por aí, sem a pretensão de buscar por algo específico, é como se estivéssemos conhecendo uma outra cidade, que outrora estava soterrada pelas repetições cotidianas. 

Vivendo uma sucessão de repetições
O que agrada o olhar é o novo?


Mas não há novidade em cada amanhecer?
Mas não há novidade em cada anoitecer?


Nada é igual
Tudo muda
São transformações silenciosas
Que o olhar cansado não percebe

Elas não se escondem
Estão aí para quem realmente quiser  ver

As imagens são apagadas pela repetição

E nosso castigo foi aceitar
Que não há nada para aprender de novo


" Quanto mais microscópio for o seu olhar, mais ampla poderá ser suas perspectivas". David Byrne - Diário de uma Bicicleta.


Que tudo é uma mesmice entediante

O futuro dependerá daquilo que fazemos no presente




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