A vida leva à morte, e a morte traz consigo a vida... Pare!
Olhe! Deixe de lado a vida e comece a observar a morte. O que torna a vida,
vida? É singelamente a morte! A morte de costumes, valores, e identidades,
dando espaço ao surgimento do novo.
José de Alencar, Manoel Bandeira e João Cabral de Melo Neto ... alguns dos autores da literatura brasileira, dentre os vários, que têm em suas obras a
cidade como personagem, e mostram com é a vida nelas. Mas a cidade
também vive e consequentemente também morre.
Deixe de observar a vida na cidade, passe a observar a
cidade. O que está se perdendo e consequentemente verás a sua verdadeira
identidade.
Igreja de São José de Macapá
Centro Comercial de Macapá
Parte Central da Cidade
Para quem
não sabe ela ainda existe. Mas que cidade é essa? Aonde foi parar ? Nem todos a conhecem, nem ao menos sabem de
sua existência, até mesmo quem a conhece não sabe o seu paradeiro. Para alguns
passa despercebida, para outros, um vazio eterno. Aos poucos ela vai se
perdendo, sendo engolida pelo egoísmo da realidade. E que realidade é essa que
nos tira algo tão precioso? A origem de toda uma história, história que
pertence a esse lugar. E agora? O que fazer? Como trazer de volta essa cidade? Marcas
de um passado não tão distante ainda estão aqui, presentes em um cenário que
muda conforme o seu tempo e seu espaço, por isso é preciso ficar atento, pois
ela pode sumir sem deixar rastros. Para alguns será um simples acontecimento,
para outros uma saudade.
Canal da Mendonça Júnior
Centro Comercial de Macapá- Av. Padre Júlio
Centro Comercial de Macapá
Sem perceber guardamos marcas e nos reinventamos a todo o momento. Tempo
e espaço possuem uma relação de encontros e desencontros e nos deixam apenas
com a lembrança de outra época, outro tempo. Como pensar em Macapá e não
lembrar que caminhar pelas ruas era tão simples? Os carros mais raros, ruas
mais desertas, o tempo passava a seu tempo e não perdíamos nenhum detalhe. O
dia era mais longo e a noite mais viva. Como está na Fortaleza de São
José de Macapá e ao olhar para cima, não ser engolido pela imensidão de céu
azul ou noite estralada, e não reparar que isso mudou? Modernidade e futuro
falam mais alto agora. Aqueles dias em que a maré do rio ritmava o passar das
horas e o calor não era fogo, ficou no tempo dos encontros no fim da tarde em
frente às casas. Sem lamentações e com saudosismo é que assistimos o renascer
de novos tempos. Macapá sempre será a joia da Amazônia, com recordações de seus
cenários perdidos ...
Centro Comercial de Macapá- Rua Tiradentes
Orla de Macapá
Fortaleza de São José de Macapá
Autores do Texto: Edilene Lira, Pablo Mota e Luciana Carvalho
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